A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) instalou, nesta segunda-feira (3/2), a Sala de Monitoramento das Arboviroses, com o objetivo de aprimorar o acompanhamento epidemiológico de doenças como dengue, zika, chikungunya, febre oropouche e febre amarela no estado. O espaço reunirá dados epidemiológicos, assistenciais e laboratoriais para subsidiar ações de combate e controle dessas doenças.
Os casos de arboviroses aumentaram no início do ano, mas os números ainda são inferiores aos registrados em 2024. A sala de monitoramento centralizará informações dos 853 municípios mineiros, permitindo a análise do cenário epidemiológico e a definição de medidas para prevenção e contenção das doenças.
Entre as estratégias adotadas, a SES-MG está intensificando a vacinação contra a febre amarela, especialmente no Sul de Minas, onde foram registradas epizootias e casos recentes da doença. Recursos também estão sendo destinados aos municípios para viabilizar ações de imunização e controle dos vetores.
Para o monitoramento e combate aos focos do Aedes aegypti, a secretaria utiliza drones para mapear áreas de difícil acesso, como caixas d’água e piscinas descobertas, permitindo a aplicação precisa de larvicidas. A ação faz parte da política Vigidrones, que conta com um investimento de R$ 30 milhões e está sendo implementada gradualmente nas 28 Unidades Regionais de Saúde.
A SES-MG também descentralizou a utilização de veículos equipados com aspersores para aplicação de inseticidas (UBV-Veicular). No total, foram repassados R$ 28 milhões para os consórcios municipais de saúde, responsáveis pela operação dos equipamentos em diferentes regiões do estado.
A partir do dia 17 de fevereiro, equipes estaduais iniciarão um trabalho de capacitação dos municípios em manejo clínico e estratégias de vigilância. A ação será conduzida pela Força-Tarefa Estadual do SUS e abrangerá cidades das Unidades Regionais de Saúde de Pouso Alegre, Belo Horizonte, Ubá, Januária, Coronel Fabriciano, Uberaba e Diamantina.
Desde 2022, a SES-MG já destinou mais de R$ 228 milhões para ações de prevenção, enfrentamento e manejo clínico das arboviroses. Além disso, na sexta-feira (7/2), terá início a distribuição de 405.845 testes rápidos NS1 para diagnóstico da dengue, fornecidos pelo Ministério da Saúde.
Até 3 de fevereiro, Minas Gerais registrou 19.598 casos prováveis de dengue, dos quais 6.277 foram confirmados. Há 11 óbitos em investigação e dois já confirmados. Em relação à febre chikungunya, foram notificados 1.824 casos prováveis, sendo 1.352 confirmados, com um óbito sob análise.
No caso do vírus zika, foram registrados cinco casos prováveis, com uma confirmação, mas sem detecção de casos confirmados por método direto (RT-PCR) desde 2018 no estado. Em relação à febre amarela, Minas Gerais confirmou um caso em humanos e uma epizootia em 2025.
Quanto à febre oropouche, até 29 de janeiro, 336 amostras testaram positivo pelo método RT-PCR. O monitoramento segue em andamento para avaliar a evolução dos casos no estado.
Foto: Carol Souza