A morte do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), ocorrida nesta quarta-feira (27), causou grande comoção entre autoridades e lideranças políticas. Fuad faleceu em decorrência de complicações relacionadas a um câncer, do qual havia recebido alta médica no ano passado. Ele deixa a esposa, Mônica Drummond, com quem era casado há 52 anos, dois filhos e quatro netos.

Entre os primeiros a prestar homenagem esteve o presidente do Senado e correligionário de Fuad, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Em nota, Pacheco destacou a coragem e o compromisso do prefeito com a capital mineira. “Minha admiração por Fuad cresceu ainda mais ao vê-lo lutar pela vida com determinação e, ao mesmo tempo, não desistir da campanha. Ele venceu o pleito e demonstrou amor verdadeiro por Belo Horizonte”, afirmou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), também se manifestou, lamentando a perda e prestando solidariedade à família e aos moradores da capital. “Fuad foi um servidor público exemplar, com mais de meio século de dedicação à vida pública”, escreveu.

O deputado federal André Janones (Avante-MG), que foi um dos primeiros a se pronunciar, descreveu Fuad como “comprometido, culto, inteligente e extremamente carinhoso”. Já a deputada federal Duda Salabert (PDT-MG), adversária política do prefeito nas últimas eleições, declarou estar de luto e reconheceu a dedicação de Fuad à prefeitura, mesmo em meio ao tratamento de saúde. “Ele lutou o quanto pôde pela vida, sem abrir mão de suas responsabilidades administrativas”, disse.

Fuad estava internado no hospital Mater Dei, em Belo Horizonte, desde 3 de janeiro, com um grave quadro de insuficiência respiratória. Durante a internação, chegou a apresentar melhoras, saindo da UTI em alguns momentos e respirando sem auxílio de aparelhos. No entanto, sofreu uma parada cardiorrespiratória na noite de terça-feira (26), vindo a óbito após tentativa de reanimação.

Desde sua vitória nas eleições de outubro, essa foi sua quarta hospitalização. Antes, Fuad havia enfrentado episódios de pneumonia, neuropatia, sinusite e diarreia — enfermidades que exigiram cuidados especiais em função de sua idade e da recente recuperação de um linfoma abdominal.

Dois dias antes de sua última internação, Fuad tomou posse remotamente como prefeito, impossibilitado de participar presencialmente da cerimônia por orientação médica. Durante a solenidade, o vice-prefeito Álvaro Damião (União Brasil) leu uma mensagem enviada por Fuad, na qual ele agradecia aos médicos e se dizia preparado para iniciar seu segundo mandato. Essa foi sua última manifestação pública.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado


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