O número de casos de varíola dos macacos praticamente dobrou em Minas Gerais em apenas uma semana. Nesta sexta-feira (5), o Estado registrou 81 casos, conforme os dados da Secretaria de Estado de Saúde. Na última sexta-feira (29), eram 44. Há, ainda, 291 casos suspeitos, outros 158 foram descartados e 2 foram classificados como provável.

O perfil dos contaminados em Minas Gerais permanece o mesmo, segundo a SES-MG: todos são homens, com idades entre 21 e 55 anos, em boas condições clínicas. Quem teve contato com os pacientes está sendo monitorado, segundo a secretaria.

Belo Horizonte, único município com transmissão comunitária da doença em Minas Gerais, também registrou a primeira morte causada pela enfermidade no Brasil e fora do território africano. O homem de 41 anos tinha baixa imunidade e enfrentava um câncer.

A capital mineira é também o município com mais casos de varíola dos macacos em Minas Gerais. Ao todo, a cidade já registrou 58 resultados positivos para a doença. Logo depois vêm Santa Luzia, na região metropolitana, com 4, e Contagem, na mesma região, com 3.

Quais são os sintomas da varíola dos macacos?

Os primeiros sintomas da varíola dos macacos são febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A doença se desenvolve com lesões na pele, primeiramente no rosto. As lesões também podem se espalhar para outras partes do corpo, incluindo os genitais.

As lesões na pele parecem as da catapora ou da sífilis até formarem uma crosta, que depois cai. Os sintomas podem ser leves ou graves, e as lesões na pele podem ser pruriginosas ou dolorosas.

Como a doença é transmitida?

A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. A transmissão de humano para humano ocorre entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos.


Paola Tito