O plano de governo apresentado pelo candidato Lula (PT) propõe a criação de uma nova lei trabalhista. O documento foi apresentado no site do Tribunal Superior Eleitoral no domingo (7) e conta com principais ações ligadas à economia.

Sob o título “Compromissos para a reconstrução e transformação do país”, são apresentadas 121 pontos pelos nove partidos que compõe a aliança Lula/Geraldo Alckmin: PT, PSB (partido do vice), PC do B, PV, Psol, Rede, Solidariedade, Avante e Agir.

Entre os pontos citados pelo ex-presidente no documento está propor uma nova legislação trabalhista “de extensa proteção social a todas as formas de ocupação”.

O trecho cita trabalhadores autônomos, domésticos, home office e profissionais que atuam mediados pro aplicativos e plataformas. A proposta pretende revogar “os marcos regressivos da atual legislação trabalhista, agravados pela última reforma e reestabelecendo o acesso gratuito à justiça do trabalho”.

Lula defende reestabelecer uma política para valorizar o salário mínimo para recuperar o “poder de compra de trabalhadores, trabalhadoras, e dos beneficiários e beneficiárias de políticas previdenciárias e assistenciais”.

Combate à fome e volta do Bolsa Família

A proposta enviada ao TSE repete o discurso de “colocar o povo no orçamento”, adotado por Lula em eventos pelo país.

Coloca como central e estratégia a “urgência no enfrentamento da fome e da pobreza, assim como a garantia dos direitos à segurança alimentar e nutricional e à assistência social”, diz o texto.

Para tal, Lula propõe implantar com urgência um “programa Bolsa Família renovado e ampliado” para que se “recupere as principais características do projeto que se tornou referência mundial de combate à fome e ao trabalho infantil e que inove ainda mais na ampliação da garantia de cidadania para os mais vulneráveis”.

A proposta não detalha valores a serem pagos pelo novo programa social, que substituiria o atual Auxílio Brasil — e que entrou no lugar do antigo Bolsa Família. Define que haverá etapas de renda e transição entre elas para criar um “sistema universal e uma renda básica de cidadania”.


Paola Tito