Por Geraldo Elísio (Repórter)
O Brasil me parece ser o primeiro lugar do mundo em políticas canalhas. Este fator vem se agravando em ritmo acelerado nos últimos tempos. Longe estão os movimentos de protestos que ocorrem nos dias de hoje em poder ser comparados às antigas manifestações como as Diretas-Já, na verdade um grande engodo com o qual todos os brasileiros se iludiram.
Os ganhadores e posteriores perdedores de 64. A Nova República com o rosto tatuado de rugas da antiga, encobertas por maquiagem barata. E a coorte de absurdos provenientes destas conclusões me leva a admitir o grande engano nos quais todos os sonhos se transformaram.
Os brasileiros, engajando-se neste todo militar, brincando de exercer a democracia até onde as pantomimas não desagradavam as forças superiores. Na verdade, poucos têm interesse em ver o Brasil ocupando um lugar de destaque verdadeiro no grande concerto das nações.
Lembro-me muito do ex-governador de Minas Gerais, Aureliano Chaves. Perorando sobre tal situação que ele sempre concluía dizendo, de uma maneira rude, “nações não dispõem de amizades e sim de interesses que podem ser convenientes ou não”. No caso do personagem citado existe a obrigatoriedade de dizer ele era um nacionalista autêntico.
Razão que o levou a ser escolhido pelo ex-presidente da República, Ernesto Geisel, o vice de outro general João Figueiredo. Geisel foi golpista, fechou os olhos quanto à tortura praticada em seus limites máximos no Brasil, porém dele não se pode negar ser um nacionalista, entrando em confronto direto com o general Sílvio Frota, que nele via “um comunista” e hoje ocupam o Poder Central através dos discípulos que deixou.
A frase título desse espaço é atribuída ao ex-presidente francês Charles De Gaulle, embora existam figuras importantes a contestar tal situação. Do ponto de vista pessoal, respeitando a ciência histórica, prefiro acreditar que se não foi mesmo dito por quem se atribui o ditame, o mandatário francês perdeu uma oportunidade excelente de fazê-lo.
Nacionalismo, cedo os Estados Unidos da América do Norte descobriram isto, nunca foi muito a praia dos brasileiros. A maioria daqueles do passado, bem como os de hoje, sei lá o amanhã, preferindo se entregar aos desejos dos barões do além-mar, desde que possam em termos periféricos macaquear os patrões, custando isto o subdesenvolvimento de toda uma pobreza da qual rejeitam ser irmãos.
Um triste espetáculo que os tempos vão perpetuando até o dia que alguém deles perceber a mudança de ciclos históricos quando, rapidamente se dispõem a passar servir a outros senhores, com a mesma desfaçatez de seu primarismo a lhe garantir vantagens subalternas.
Sendo nós outros os demais expostos aos caçadores de cabeças, dando sequência a um vilipêndio originário de complexos arraigados e da falta de disposição para se aferrar aos estudos capazes de promover mudanças transformadoras desta infeliz situação.
A todas as pessoas citadas nesta matéria automaticamente é garantido o direito da resposta no espaço tamanho e corpo.