Por Geraldo Elísio (Repórter)

As chuvas intensas como ocorrem há muitos anos transbordem rios e córregos, rompem asfaltos e causam problemas mil na Capital mineira Belo Horizonte. A outrora Cidade Jardim vem empobrecendo paulatinamente. Sem contar que assuntos de ordem internacional são resolvidos em outras esferas.

Mas o vereador da Câmara Municipal de Beagá, Nicolas Ferreira, que eu tenho o prazer de não conhecê-lo, gasta o dinheiro do povo que o elegeu para participar de campanhas antivacina na Europa. O dito cujo está na capital inglesa na verdade para cumprir uma agenda religiosa.

Penso eu – sem saber o qual culto o mesmo pertence – ele deveria estar aqui orando fervorosamente para o Deus em que ele acredita estar protegendo as vítimas de epidemias e água em excesso a transbordar por nossas vias pública causando acidentes com morte e destruição de vidas, além de aspectos econômicos.

Fico a pensar como andam órgãos governamentais e o Ministério Público diante de situações esdrúxulas como esta. O sapientíssimo representante do povo de Belo Horizonte posa ao lado de uma manifestante londrina contra o uso do medicamento enquanto inocentes crianças vão tendo as suas vidas ceifadas. Isto em um Estado político dito laico.

Creia ele naquilo que quiser crer, entretanto a crença dele não lhe dá o direito de esbanjar o curto dinheiro popular com a fé que ele professa, seja lá qual for a opção religiosa dele. O parlamentar do PRTB já foi alvo de críticas em seu ambiente de trabalho, porém só isto é pouco, em se tratando dele e de qualquer outro político que se atreva a cometer tal crime, em nome de qualquer que seja a religião.

Basta o presidente Jair Bolsonaro e Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, que igualmente compartilha post antivacina, serem fiéis defensores do vírus mortal.

“Em foto publicada nos stories do Instagram do próprio parlamentar, ele aparece ao lado de uma ativista em Londres, que segura um cartaz com os dizeres: “Please, don’t jab children” (“Por favor, não vacinem as crianças”, em tradução livre”).

Falando à imprensa Nikolas negou ser contrária a imunização de crianças. Mas ponderou que é, na verdade, contra o que chama de “coerção dos pais para adesão à campanha” que, atualmente, atende a faixa dos 11 aos 5 anos.

– “Existe uma coerção aos pais. Eles precisam autorizar a vacina, mas são pressionados até cederem. Tem todo um discurso de que, se eles não levarem os filhos para a vacinação, eles não têm empatia, não se importam com as crianças. Isso não é liberdade. Os pais é que decidem sobre os filhos. O estado não pode querer tomar nossas crianças”.

Conforme determinação do Ministério da Saúde, a dose só é inoculada na presença de pais ou mediante autorização expressa, por escrito, dos responsáveis. Os imunizantes também receberam a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação nos pequenos, e tem a segurança atestada por rigorosas autoridades regulatórias em todo o mundo, como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Food and Drug Administration (FDA), agência de fármacos e alimentos dos Estados Unidos.

A todas as pessoas citadas nesta matéria automaticamente é garantido o direito da resposta no espaço tamanho e corpo.