O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou que a votação da indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central está marcada para o dia 8 de outubro, após o primeiro turno das eleições municipais. O governo busca dar agilidade ao processo, e Galípolo, atualmente diretor de Política Monetária do Banco Central, segue participando de uma série de reuniões com senadores para garantir apoio à sua nomeação.

Pacheco também indicou que a sabatina de Galípolo pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) poderá ocorrer antes da votação no plenário, em uma data ainda a ser confirmada. O presidente da comissão, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), é quem definirá o momento exato da sabatina, que pode acontecer antes ou no próprio dia da votação no plenário.

A data original sugerida para a sabatina era 17 de setembro, mas essa data coincide com o início das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, do qual Galípolo participa como membro. Com isso, outra possibilidade é realizar a sabatina no próprio dia da votação em plenário, o que facilitaria o andamento do processo.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem grande interesse em garantir que Galípolo assuma a presidência do Banco Central o quanto antes. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que será o relator da indicação, já antecipou seu parecer favorável à nomeação de Galípolo. Segundo Wagner, a data escolhida por Pacheco é “absolutamente razoável”, e a confirmação do novo presidente do Banco Central é crucial para dar segurança ao mercado sobre a continuidade da política monetária do país.

O próprio mercado, e até mesmo o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, entende a importância de sinalizarmos quem será o responsável por conduzir a política monetária brasileira”, afirmou Jaques Wagner, referindo-se à necessidade de dar clareza sobre o futuro do comando da instituição.

Nesta quarta-feira (4), Gabriel Galípolo continuou com suas visitas aos gabinetes dos senadores, em uma espécie de “beija-mão” tradicional no Senado, buscando apoio à sua indicação. Ele se reuniu com diversos parlamentares, como Omar Aziz (PSD-AM), Flavio Azevedo (PL-RN), Margareth Buzetti (PSD-MT) e Fernando Dueire (MDB-PE).

O governo espera que, com a confirmação de Galípolo, a condução da política monetária brasileira tenha continuidade, atendendo às expectativas do mercado e consolidando a transição na liderança do Banco Central.

 


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