A Polícia Federal deflagrou a Operação Encilhamento nesta terça-feira (3) para investigar um esquema de fraudes contra institutos de previdência municipais, com foco específico no Instituto de Previdência de Pouso Alegre (IPREM), em Minas Gerais. A operação incluiu buscas em várias cidades mineiras, incluindo Pouso Alegre, Jacutinga, Belo Horizonte e Sete Lagoas, e foi determinada pela 1ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte.

Segundo a Polícia Federal, a operação tem como objetivo coletar novas provas sobre a atuação de um grupo criminoso que, entre 2012 e 2018, oferecia propinas a agentes públicos para que autorizassem e facilitassem aplicações fraudulentas. Essas operações fraudulentas eram realizadas com o apoio de empresas de consultoria que manipulavam dados, documentos e cálculos atuariais.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços de pessoas físicas e jurídicas suspeitas de envolvimento nos crimes. Os investigados podem responder por associação criminosa, gestão fraudulenta, fraude à licitação, corrupção passiva e ativa.

Daniel Ribeiro Vieira, diretor-presidente do IPREM de Pouso Alegre, emitiu uma nota de esclarecimento após a ação policial, informando que a operação faz parte da terceira fase da Operação Encilhamento. Ele destacou que as fraudes investigadas levaram à instauração de um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) em 2018, resultando na demissão de servidores envolvidos.

O IPREM está sob investigação devido à existência de 17 fundos ilíquidos, relacionados ao período de 2012 a 2018, que são alvo de diversas operações da Polícia Federal e da Polícia Civil. As investigações se concentram em empresas que prestaram serviços de assessoria de investimentos e assessoria atuarial ao instituto durante esse período.

Vieira afirmou que o IPREM colaborou plenamente com a Polícia Federal e continua à disposição para fornecer informações necessárias às investigações.

A operação visa responsabilizar os envolvidos e esclarecer os mecanismos utilizados pelo grupo criminoso para fraudar os institutos de previdência municipais, garantindo que as irregularidades sejam devidamente apuradas e os culpados levados à justiça.

 

Com informações do Estadão