Com grande preocupação, resistência e mobilização para uma greve já anunciada, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) acompanha na tarde desta terça-feira (24/10), o trâmite do projeto de Recuperação Fiscal (RRF) do governo Zema na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
O projeto traz as medidas que o Estado deve adotar para conter o crescimento das suas despesas, uma exigência da União para a adesão ao RRF, mas também prejuízos irreparáveis aos servidores/as, entre eles, a proibição de concursos públicos e o congelamento de salários por até 9 anos.
Nesta terça (24), as Comissões de Fiscalização Financeira e Orçamentária, de Administração Pública e de Constituição e Justiça recebem gestores do governo, em audiência conjunta, para que eles possam apresentar aos deputados e à sociedade o plano. Foram convidados os secretários de Fazenda, Gustavo Barbosa, e de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto. O debate será às 14 horas, no Plenarinho IV, e o Sind-UTE/MG tem se posicionado reiteradamente contra o RRF.
Denise Romano, coordenadora- geral do Sind-UTE/MG lembra que a Frente Mineira em Defesa dos Serviços Públicos, que reúne 22 entidades, já tirou posição a respeito, sendo inclusive chamada uma greve dia 7 de novembro para dizer que em Minas esse regime não é aceito. “Queremos investimentos, valorização e respeito. O governador teve recursos para aumentar em 300% o seu próprio salário e por outro lado quer desmontar a educação, a saúde e outros segmentos do funcionalismo que atende o povo. Isso é um escárnio!”, diz.
Foto: Studium Vera Lima