A Polícia Civil informou que a investigação que apurava as causas da queda de um ônibus da Ponte Torta, em João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais, concluiu o acidente foi causado por uma falha mecânica. No acidente, 19 pessoas morreram e 27 ficaram feridas. Segundo a polícia, com a conclusão, o motorista Luiz Viana de Lima, antes investigado, não foi indiciado.
A apuração foi concluída em fevereiro, mas divulgada pela polícia apenas nesta quarta-feira (10). Segundo a polícia, a conclusão é de que o condutor “não teve culpa penalmente relevante, tendo em vista que o fato decorreu na falta de freio dos ônibus”.
A reportagem entrou em contato com a empresa em São Paulo, que atualmente se chama TransValentina, e a recepcionista informou que o responsável está viajando. A reportagem não conseguiu falar com a defesa de Luiz Viana de Lima.
O acidente
O ônibus da Localima Turismo saiu da zona rural de Mata Grande (AL) e seguia para São Paulo (SP), quando caiu da Ponte Torta no dia 4 de dezembro de 2020.
O motorista teria perdido o controle da direção, o veículo voltou de ré, bateu na mureta de proteção e caiu em uma estrada férrea, a uma altura aproximada de 35 metros. A principal suspeita era de que houve problema no freio.
O ônibus já tinha sido autuado diversas vezes por transporte irregular de passageiros e, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), não estava habilitado para prestar o serviço.
O motorista do coletivo se apresentou à polícia três dias depois do acidente. Ele participou da reconstituição do caso e confirmou que o freio falhou antes da queda.
O condutor disse, ainda, que o veículo apresentou problema mecânico e passou por manutenção durante a viagem.