O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que não há perseguição política, presos ou exilados políticos no Brasil. A declaração foi feita durante evento em comemoração aos 40 anos de redemocratização do país, nesta terça-feira (19). A declaração ocorre no mesmo dia em que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou sua licença do cargo e sua permanência nos Estados Unidos, alegando ser vítima de perseguição política.
“Nos últimos quarenta anos, não vivemos mais as mazelas do período em que o Brasil não era democrático. Não tivemos jornais censurados, nem vozes caladas à força. Não tivemos perseguições políticas, nem presos ou exilados políticos. Não tivemos crimes de opinião ou usurpação de garantias constitucionais. Não mais, nunca mais”, afirmou Motta.
Citando Ulysses Guimarães, o presidente da Câmara enfatizou a importância da liberdade e da justiça. “Todos os nossos problemas procedem da injustiça. Portanto, é dever desta Casa e de todos os brasileiros combater as injustiças e garantir que a maior de todas não aconteça: privar um povo de sua liberdade”, declarou.
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Eduardo Bolsonaro justificou sua decisão alegando perseguição contra ele e seu pai. Ele mencionou a possibilidade de ser preso por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O deputado afirmou que permanecerá nos Estados Unidos para “lutar” pela anistia dos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e que só retornará ao Brasil quando o ministro for punido por “abuso de autoridade”.
Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados