O PSD, partido do presidente do Senado Rodrigo Pacheco (MG), deve formalizar na terça-feira (12) seu apoio à candidatura de Davi Alcolumbre (União-AP) para presidir o Senado. Com 15 senadores, o PSD é a maior bancada da Casa e deve indicar o próximo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) como parte do acordo com Alcolumbre. Inicialmente, cogitou-se que Pacheco pudesse liderar a CCJ, mas o senador Otto Alencar (BA), atual líder do PSD e do governo de Lula no Senado, é o principal nome para o cargo.

Pacheco, que planeja focar nos dois anos restantes de seu mandato com projetos como o novo Código Penal e a regulamentação da inteligência artificial, é cotado para um ministério em uma eventual reforma ministerial de Lula. Há especulações de que Lula gostaria de ver Pacheco candidato ao governo de Minas Gerais em 2026.

Alcolumbre, no entanto, enfrenta resistência de senadores como Eliziane Gama (PSD-MA), que lançou candidatura própria, e do senador Lucas Barreto (PSD-AP), que afirmou que, apesar do apoio partidário, o voto é secreto e individual. Barreto também indicou seu interesse em disputar a liderança da CCJ ou a primeira vice-presidência, promessa de Alcolumbre ao PL, cujo candidato para a vice-presidência seria o senador Marcos Pontes (PL-SP), enquanto Eduardo Gomes (PL-TO) é um dos nomes mais cogitados para a presidência do Senado.

A relação entre Alcolumbre e Barreto, anteriormente aliados, foi rompida em 2022, quando Barreto apoiou Rayssa Furlan (MDB) no Amapá, adversária do grupo político de Alcolumbre.

Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, retomou alianças com Alcolumbre desde o início do terceiro mandato de Lula e é um dos principais apoiadores de sua candidatura. O PT, que originalmente pleiteava a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), agora busca o comando da Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR). A candidatura de Alcolumbre também conta com apoio do MDB, PSB, PDT, PP, PL e União Brasil, somando 69 votos entre os 81 senadores, embora a votação secreta possa permitir dissidências.

Foto: Saulo Cruz/Agência Senado


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