O presidente do PSDB, Bruno Araújo, reiterou na noite desta segunda-feira (23) que seu partido tem um acordo político para lançar uma candidatura única em conjunto com o Cidadania, com quem está federado, e com o MDB. Araújo reclamou das especulações sobre outros caminhos para a legenda após a desistência de João Doria (PSDB), como parte do acordo para que a sigla apoie a senadora Simone Tebet (MDB-MS).

“O PSDB tem um acordo político em torno de uma candidatura única (PSDB/Cidadania/MDB). Qualquer outra discussão é um desserviço à verdade dos fatos, desrespeito às reiteradas decisão coletivas e, mais grave, ao País”, disse Bruno Araújo em suas redes sociais, em mensagem compartilhada pela assessoria da legenda.

Ele ainda afirma que “a grandeza da decisão do governador João Dória aumenta a responsabilidade” de todos os integrantes do partido.

Com a desistência de Doria, uma ala do PSDB passou a defender que a legenda escolha outro nome para uma candidatura própria ao Palácio do Planalto. O senador Aécio Neves (PSDB) é um dos que pensa dessa forma e verbalizou isso nesta segunda-feira (23).

“É hora de aproveitarmos esses últimos acontecimentos para reconstruirmos a unidade do PSDB em torno do único caminho que permitirá que o partido continue a cumprir sua trajetória em defesa do Brasil, ou seja, com uma candidatura própria à Presidência da República”, disse Aécio Neves.

O deputado federal mineiro ainda reclamou do adiamento da reunião da Executiva nacional do PSDB marcada para esta terça-feira (24). O encontro foi desmarcado justamente para evitar a pressão dessa ala que insiste em candidatura própria, apesar do acordo da cúpula da legenda com o MDB.

“Lamento que a reunião da executiva nacional tenha sido adiada. Espero que possamos nos reunir o mais rapidamente possível para debatermos de forma clara e democrática os caminhos para o nosso futuro.  O PSDB nunca teve dono e não será agora, nesse momento grave da vida nacional, que terá”, disparou Aécio.