Ramagem afirmou hoje que prestará depoimento no final de fevereiro no inquérito sobre a suposta existência de uma Abin Paralela, que vem sendo investigada pela Polícia Federal. O ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) expressou sua insatisfação por ser convocado um mês após as buscas realizadas pela PF e refutou qualquer pedido por parte de Carlos Bolsonaro, embora mantenha uma amizade com o mesmo.

Além disso, Ramagem abordou o pedido da assessora de Carlos, Luciana Paula Garcia da Silva Almeida, que solicitou informações sobre inquéritos envolvendo o ex-presidente e seus filhos. O ex-chefe da Abin classificou a assessora como “desavisada” e afirmou que não respondeu à mensagem.

No contexto das investigações, a preocupação no círculo próximo a Bolsonaro é que estas alcancem o ex-presidente. Nesse sentido, a estratégia adotada é transferir a responsabilidade por uma eventual Abin Paralela para o general Augusto Heleno. Este, por sua vez, ao ser intimado a depor, deverá descrever sua relação com Ramagem, argumentando que o ex-chefe da Abin mantinha comunicação direta com Bolsonaro.

Ramagem detalhou ao blog de Andréia Sadi como se dava sua relação com Bolsonaro, explicando que despachava diretamente com o ex-presidente e também com o general Heleno. Ele ressaltou que, na maioria das vezes, o contato ocorria com Heleno, considerando-o seu “superior hierárquico”, mas que em algumas ocasiões se comunicava diretamente com Bolsonaro.


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