Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS) devem ser as próximas capitais a iniciar as operações de 5G no Brasil, de acordo com declarações do conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Moisés Moreira, nesta segunda-feira (4/7). Primeira capital a receber as operações, Brasília, no Distrito Federal, deverá contar com o serviço a partir de quarta-feira (6/7).

O caso das demais capitais deverá ser debatido na próxima semana, quando há uma reunião do Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi) prevista para o dia 13 de julho.

“Vamos ligar em Brasília e vamos aguardar mais um mês [para observar e debater os resultados], talvez na próxima reunião ordinária do Gaispi, para o dia 13, quarta-feira da próxima semana”, disse Moreira, durante o TeletimeTec, evento organizado pelo site Teletime, em painel nesta manhã.

“Pode ser que autorize, desde que tenha equipamentos. Não dá para instalar, retirar e instalar de novo, os recursos são limitados”, destacou.

Dificuldades

O conselheiro explicou que a disponibilização da faixa 3,5 GHz, na qual o 5G vai correr, parece mais viável em Belo Horizonte do que em São

Paulo, onde há grande quantidade de estações profissionais de serviço fixo de satélite (FSS), considerado por ele como o maior problema. “Quanto mais (estações), mais complicado”, afirmou.

Para que o 5G passe a operar seguramente na capital paulista, o grupo ainda precisa levantar o número de estações cadastradas para a instalação de filtros, além de coordenar o sistema de aviação, em acordo com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (Decea). O tema das antenas e o serviço de aviação é motivo de debates no grupo sobre problemas em todas as capitais.


Paola Tito