Servidores vinculados à Controladoria-Geral da União (CGU) expressaram descontentamento com uma proposta do governo que, segundo eles, desvaloriza sua carreira. Através de uma carta divulgada nesta segunda-feira (9), eles detalharam a insatisfação com o Ministério da Gestão, alegando falta de diálogo e uma proposta de remuneração inadequada para as funções que desempenham.

O Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle, representando o grupo, enfatizou a importância do trabalho da CGU na proteção do patrimônio público e na fiscalização de políticas e programas governamentais. Destacam que para cada real investido na CGU, R$ 4,79 são recuperados para os cofres públicos, evidenciando o retorno financeiro de suas atividades.

A carta revela uma disparidade crescente nas condições de trabalho e valorização entre os servidores da CGU e outras carreiras de fiscalização federal. Apontam que aproximadamente 30% dos servidores admitidos no concurso de 2022 já deixaram seus cargos em busca de melhores oportunidades dentro da administração pública.

Segundo o sindicato, a proposta atual do Ministério da Gestão reduz ainda mais o valor da carreira ao estabelecer uma escala salarial que não reflete a complexidade e a importância das tarefas de prevenção e combate à corrupção executadas por esses profissionais. Afirmam também que não houve um debate efetivo sobre suas demandas, incluindo aquelas que não teriam impacto financeiro nas contas do governo.

Em resposta, o Ministério da Gestão informou que já estabeleceu acordos com 98% das carreiras do serviço público federal, ressaltando que os processos foram democráticos e que o reajuste proposto para essa categoria é de 23% em duas etapas, valor considerado acima da inflação prevista para o período, com salários alcançando cerca de R$ 36 mil ao final.

 


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