Em um movimento estratégico, o partido Progressistas (PP) alterou a composição de membros titulares da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), substituindo três deputados por suplentes que apoiam o projeto de lei de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Essa substituição foi feita visando facilitar a aprovação do projeto durante a sessão da comissão nesta terça-feira (10).
Os deputados substituídos, Aguinaldo Ribeiro (PB), Fausto Pinato (SP) e Dr. Remy Soares (MA), deram lugar a Pedro Lupion (PR), Delegado Fabio Costa (AL) e Amanda Gentil (MA), todos alinhados com a proposta e apoiadores do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), também do PP.
O projeto é particularmente importante para os parlamentares bolsonaristas e tem sido um ponto de destaque nas negociações para a sucessão de Lira na presidência da Câmara. O contexto político é tenso, com o União Brasil tentando diminuir a presença na sessão para enfraquecer o candidato apoiado por Lira, e os líderes partidários buscando alianças que possam influenciar a decisão final sobre o projeto.
Essa troca nos membros da CCJ reflete uma tática para assegurar que a proposta de anistia avance, testando ao mesmo tempo a lealdade dos partidos às pautas bolsonaristas e a capacidade de negociação dos candidatos à liderança da Câmara. A manobra também serve para posicionar o partido diante de temas sensíveis e verificar o compromisso do Republicanos com as pautas de interesse dos bolsonaristas, especialmente após indicações de que poderiam apoiar a proposta.
A complexidade das negociações e as estratégias adotadas pelos diversos partidos e lideranças refletem a importância do projeto e o impacto potencial que ele tem no cenário político atual.