Nesta terça-feira (5), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depôs à Controladoria-Geral da União (CGU) e negou ter pedido ao ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que fizesse campanha para ele nas eleições de 2022. Bolsonaro foi ouvido como testemunha de defesa em um processo que pode resultar na cassação da aposentadoria de Silvinei, investigado por possíveis irregularidades durante o pleito.
Silvinei está sendo alvo de um processo administrativo disciplinar desde o início de 2023, com a CGU investigando oito possíveis violações éticas e administrativas cometidas por ele nas eleições. O ex-diretor teria participado de eventos oficiais, concedido entrevistas e feito publicações em redes sociais que incentivavam votos para Bolsonaro no segundo turno de 2022, ações consideradas inadequadas para sua posição.
Silvinei enfrentou prisão preventiva por quase um ano, uma medida determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Em agosto de 2024, ele foi solto sob condições cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica. Moraes investiga, entre outras questões, o possível uso da estrutura da PRF para organizar blitze em áreas onde o presidente Lula (PT) tinha vantagem eleitoral, ações que teriam ocorrido durante o segundo turno das eleições.
Em uma decisão recente, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) reafirmou que Bolsonaro deveria depor de forma oral, como testemunha, e não por escrito.