O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez um apelo nesta terça-feira (5) para que parlamentares e setores econômicos não criem “obstáculos intransponíveis” na regulamentação da reforma tributária. Em discurso no 2º Simpósio da Liberdade Econômica, realizado em Brasília (DF), Pacheco destacou a importância da reforma e enfatizou que bloqueios nesse processo representariam um retrocesso para o país. “Essa é uma das reformas mais complexas, e conseguimos avançar por meio de uma união construtiva”, afirmou.
Pacheco estava acompanhado de figuras influentes no cenário econômico e político, incluindo Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central, o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o secretário da Reforma Tributária, Bernard Appy, e o senador Efraim Filho (União Brasil-PB). Ele reforçou que o Brasil, apesar das turbulências políticas dos últimos anos, conseguiu avançar em diversas reformas econômicas estruturantes.
Ele mencionou que o Senado aguarda a definição da Câmara dos Deputados sobre o tema e garantiu que, uma vez na Casa, a regulamentação da reforma tributária será tratada com prioridade. “A aprovação de reformas econômicas nos últimos anos, mesmo em meio a crises e instabilidades políticas, mostra a resiliência do país”, disse Pacheco. Ele destacou eventos como o impeachment de presidentes, prisões de ex-presidentes e a crise sanitária recente, que provocou mudanças de comportamento social e desafios à democracia.
Ao citar reformas anteriores, Pacheco lembrou do teto de gastos e da reforma trabalhista implementadas no governo de Michel Temer (MDB), da reforma da Previdência durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), e de projetos de transição energética, como o hidrogênio verde e o combustível do futuro, que têm sido desenvolvidos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, a regulamentação da reforma tributária será o passo final para “coroar” essa sequência de transformações estruturais no país.
“Apesar de não ser perfeita, essa reforma é essencial para inaugurar uma nova era de expectativas para o Brasil”, concluiu o presidente do Senado.