O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), afirmou nesta quarta-feira (4) que o acordo relacionado à tragédia de Mariana pode ser finalizado nos próximos meses. Segundo Casagrande, as empresas responsáveis pelo rompimento da Barragem de Fundão, ocorrido em 2015, devem pagar cerca de R$ 100 bilhões.
“Os valores e as responsabilidades estão bem definidos, e há uma estrutura sólida para que o acordo seja assinado antes do fim do ano. Será uma oportunidade para encerrar um tema que está em aberto desde 2015”, declarou o governador.
A declaração foi dada após uma reunião de Casagrande com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto. Lula informou que está em contato direto com as empresas para garantir que o acordo seja finalizado.
Em junho, a Advocacia Geral da União apresentou uma proposta de R$ 109 bilhões, envolvendo a União e os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, às mineradoras Samarco, Vale e BHP. No entanto, uma proposta anterior das empresas foi considerada insuficiente pelos governos, e as negociações seguem em andamento.
Casagrande também sugeriu incluir a duplicação da BR-262, que passa pela bacia do Rio Doce, como parte do acordo, com um custo estimado em R$ 5 bilhões.
O rompimento da Barragem de Fundão causou grandes danos econômicos e ambientais, afetando cerca de dois milhões de pessoas, destruindo o distrito de Bento Rodrigues e impactando o rio Doce e o litoral do Espírito Santo.