Por Geraldo Elísio (Repórter)

O ciclo natural da vida nos aponta para um caminho inexorável de convivências díspares entre si. E fico a me perguntar por que razão isso ocorreu? No campo do Direito esta sucessão de fases aguça cada vez mais os meus sentidos. Onde estão o novo Sobral Pinto, Dalmo Dallari, Aristóteles Atheniense, Bernardo Cabral, professor José Raimundo, Professor José Alfredo de Oliveira Baracho, Bernardo Cabral e tantos outros a escrever a verdadeira história do Direito?

Na sede da Ordem Nacional dos Advogados do Brasil, por volta de quase meio-dia, eu me despedi da doce figura de dona Lida Monteiro. E disse a ela que na próxima vez que eu voltasse à instituição eu faria questão de almoçarmos juntos. No dia seguinte ao ler os jornais vi que ela havia sido assassinada por uma carta bomba.

Voltei ao Rio e fui um dos partícipes das manifestações de protesto que sacudiram todo o Brasil. Não demorou o Brasil entrar nos trilhos da redemocratização. Não foram poucos os políticos que me solicitaram escrever em nome deles sobre tais funerais. Ela virou um símbolo nacional. O Direito se contrapondo à ditadura.

Agora perdemos o professor Dalmo Dallari e podemos dizer que o Brasil fica mais pobre, mais carente em suas instituições mais puras. Do professor Dallari a Eduardo “Bananinha” vai uma distância enorme e quem perde com isto é a democracia.