O grupo Anglo American anunciou nesta terça-feira (18) a venda de suas operações de níquel no Brasil para a empresa chinesa MMG. O valor da transação pode alcançar até 500 milhões de dólares (equivalente a 2,8 bilhões de reais pela cotação de segunda-feira, 18).

A venda inclui dois ativos operacionais de ferroníquel localizados em Goiás – Barro Alto e Codemin (Niquelândia) – e dois projetos minerais de níquel para desenvolvimento futuro: Morro Sem Boné (Mato Grosso) e Jacaré (Pará).

A MMG pagará inicialmente 350 milhões de dólares em dinheiro no fechamento da transação. Além disso, há uma parcela variável de até 100 milhões de dólares atrelada ao preço do níquel e um adicional de até 50 milhões de dólares condicionado ao avanço dos projetos minerais.

“A venda do nosso negócio de níquel, após um processo competitivo, é mais um passo para simplificar nosso portfólio e focar em cobre, minério de ferro premium e nutrientes agrícolas”, destacou Duncan Wanblad, presidente da Anglo American. Segundo ele, com essa transação e a venda da unidade de carvão metalúrgico na Austrália, concluída em novembro de 2024, a empresa estima gerar até 5,3 bilhões de dólares (aproximadamente 30 bilhões de reais) em caixa.

O CEO da MMG, Cao Liang, afirmou que a aquisição da operação de níquel da Anglo American representa uma diversificação estratégica e fortalece a presença da empresa na América Latina.

As unidades de Barro Alto e Niquelândia produziram juntas 39.400 toneladas de níquel em 2024. O projeto Jacaré tem potencial para aproximadamente 300 milhões de toneladas de recursos minerais, enquanto Morro Sem Boné possui uma capacidade estimada de 65 milhões de toneladas.

A conclusão da negociação depende da aprovação de órgãos reguladores e autoridades de concorrência. O valor do pagamento inicial poderá sofrer ajustes conforme previsto na data do fechamento, programada para ocorrer no terceiro trimestre deste ano.

A MMG é uma mineradora internacional subsidiária da estatal China Minmetals, uma das maiores empresas do setor na China. A companhia opera e desenvolve projetos de cobre, zinco e outros metais básicos em países como Austrália, Botsuana, República Democrática do Congo, Peru e Canadá.

Foto: Daniel Mansur / Anglo American


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