O PSD anunciou nesta quarta-feira (26) o cancelamento dos encontros estadual e nacional da sigla, que ocorreriam a partir desta quinta-feira em Belo Horizonte. A decisão foi tomada após o prefeito da capital mineira, Fuad Noman, sofrer uma parada cardiorrespiratória na noite de terça-feira (25). Segundo nota divulgada pelo partido, o agravamento do estado de saúde do prefeito motivou a suspensão dos eventos.
Reeleito em outubro de 2024, Fuad está internado desde janeiro, dois dias após sua posse, quando apresentou um quadro respiratório grave. De acordo com o boletim médico mais recente, seu estado clínico é considerado “bastante grave”. A parada cardiorrespiratória aconteceu por volta das 22h de terça-feira, e o prefeito precisou ser reanimado pela equipe médica.
Ainda conforme o boletim, o quadro evoluiu para um “choque cardiogênico”, exigindo doses elevadas de drogas vasoativas e inotrópicas. O prefeito encontra-se com a respiração controlada por aparelhos, pressão arterial mantida com auxílio de medicamentos e apresenta insuficiência renal decorrente da parada cardíaca.
Antes dessa intercorrência, não havia previsão para que Fuad deixasse o hospital ou reassumisse suas funções. Inicialmente, estimava-se seu retorno após o carnaval, mas complicações prolongaram sua internação. O prefeito foi submetido a uma traqueostomia e seguia em processo de reabilitação para recuperar a fala, a respiração natural e a mobilidade. Na semana passada, sua licença médica foi prorrogada pela sexta vez.
Durante sua ausência, quem comanda a prefeitura é o vice-prefeito Álvaro Damião (União Brasil), cuja atuação tem gerado desconforto nos bastidores políticos.
A situação lembra o episódio ocorrido entre 2001 e 2004, quando Belo Horizonte ficou sob o comando do vice-prefeito Fernando Pimentel (PT), após o então prefeito Célio de Castro sofrer um AVC. Célio não voltou ao cargo e faleceu em 2008.
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