O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, rejeitou nesta terça-feira (27) um pedido para afastar o ministro Alexandre de Moraes das investigações preliminares sobre o vazamento de mensagens envolvendo seus auxiliares no STF e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O pedido de impedimento foi apresentado pela defesa de Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, que também solicitou o arquivamento da investigação.

A decisão de Barroso mantém Moraes à frente das investigações, que têm como foco a divulgação de mensagens de auxiliares do ministro. A defesa de Tagliaferro argumentava que Moraes, por estar diretamente envolvido no caso, não teria a imparcialidade necessária para conduzir as investigações. Além disso, os advogados do ex-auxiliar pediram o arquivamento da investigação, alegando que o caso não deveria prosseguir.

Tagliaferro tornou-se o centro das atenções após ser citado como peça-chave no pedido de investigação aberto por Moraes. O caso ganhou destaque após reportagens publicadas pela Folha de S.Paulo, que alegavam que Moraes teria utilizado métodos “informais” para coletar provas que incriminariam o ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas próximas a ele. Essas revelações aumentaram as tensões em torno do caso e geraram questionamentos sobre a legalidade dos métodos empregados.

A decisão de Barroso reafirma a posição do STF de que Moraes pode continuar à frente das investigações, mesmo com as alegações de parcialidade. O presidente do STF considerou que não há elementos suficientes para afastar o ministro, e que as investigações devem seguir seu curso regular. A negativa de Barroso ao pedido de afastamento reforça a autonomia dos ministros do STF em conduzir investigações, especialmente em casos que envolvem questões sensíveis como o vazamento de informações e a proteção da integridade das instituições.

Com a continuidade das investigações, espera-se que novas informações venham à tona e que o caso siga para as instâncias competentes para julgamento. A defesa de Tagliaferro deve continuar buscando formas de contestar as decisões, mas, por enquanto, Moraes permanece no comando do inquérito.


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