O ex-deputado federal e presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT-RJ), disse hoje que cabe somente à Polícia Federal se manifestar sobre o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco.

Freixo disse que acompanha de perto as notícias e que confia no trabalho da PF. Ele se pronunciou após o vazamento de informações sobre uma suposta delação de Ronnie Lessa.

“Quero reforçar a confiança e elogiar o trabalho da Polícia Federal, que com muita dedicação e responsabilidade tem avançado nas apurações. A solução deste crime interessa a todos os brasileiros que acreditam na justiça e na democracia”, escreveu em publicação no X, na manhã de hoje.

Freixo também reforçou a necessidade de resolução do caso. “É desejo de todos nós descobrirmos de uma vez por todas quem mandou matar Marielle e qual a motivação do crime”, finalizou.

“Diante disso, quem fala sobre a investigação é quem investiga. Cabe somente à PF se pronunciar sobre o caso quando julgar pertinente. Qualquer coisa diferente disso pode prejudicar o resultado da apuração Marcelo Freixo”.

PF nega delação

A Polícia Federal nega a nova delação, sem citar o nome de Lessa. “Até o momento, ocorreu uma única delação na apuração do caso, devidamente homologada pelo Poder Judiciário”, afirma, em referência à delação de Élcio Queiroz, que dirigia o carro usado no crime. “As investigações seguem em sigilo, sem data prevista para o seu encerramento”, diz a nota divulgada pela PF.

O assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completa seis anos no dia 14 de março. A Polícia Federal entrou nas investigações em 2023.

Queiroz apontou Ronnie Lessa como assassino. Em julho do ano passado, agentes da PF que participavam das investigações informaram que, na delação, Queiroz apontou o também ex-policial militar Ronnie Lessa como o autor dos assassinatos de Marielle e Anderson.

STJ definiu a portas fechadas foro da delação de Ronnie Lessa

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) realizou duas sessões no fim de 2023 para decidir qual seria o foro indicado para tramitar as negociações em torno do acordo de delação premiada de Ronnie Lessa, apontado como assassino da vereadora Marielle Franco (PSOL), crime ocorrido em 2018.

Ficou decidido que a delação deveria ser conduzida pelo Ministério Público Federal, e não pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. O caso deve continuar tramitando no próprio STJ.

O ex-policial militar Ronnie Lessa decidiu iniciar a negociação sobre uma colaboração premiada com a Polícia Federal no final de 2023. Como a delação está no STJ, há indício de envolvimento de alguma autoridade com direito ao foro especial.

O STJ é responsável por investigar e julgar governadores de Estado, desembargadores e integrantes de Tribunais de Contas estaduais.


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