Um candidato a vereador foi preso nesta quinta-feira em Minas Gerais sob suspeita de envolvimento em tráfico humano. Segundo a Polícia Federal (PF), o político fazia parte de uma quadrilha responsável por levar ilegalmente mais de 70 brasileiros, incluindo crianças e adolescentes, para os Estados Unidos. O nome do investigado não foi divulgado.

De acordo com as investigações, o candidato atuava na captação de brasileiros que seriam contrabandeados por um suspeito de Governador Valadares. A operação contou com o cumprimento de dois mandados de prisão preventiva, um deles direcionado ao candidato, nos municípios mineiros de Ipanema e Governador Valadares. A PF não especificou em qual cidade o político estava concorrendo ao cargo de vereador.

A 2ª Vara Federal de Governador Valadares também expediu oito mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e valores até o limite de oito milhões e seiscentos mil reais, no âmbito da Operação Expedition.

Os envolvidos no esquema criminoso responderão pelos crimes de promoção de emigração ilegal, envio irregular de crianças e adolescentes para o exterior e associação criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 16 anos de prisão.

O candidato foi incluído nas investigações após a deflagração da Operação Reféns, no ano passado. Na ocasião, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) investigava uma organização criminosa de tráfico de drogas e encontrou evidências de que o político estava envolvido em tráfico de pessoas.

Com o compartilhamento de provas, autorizado judicialmente, a Polícia Federal aprofundou as investigações, revelando que a organização criminosa promovia emigração ilegal, já tendo enviado mais de 70 pessoas para os Estados Unidos, segundo a PF.

 


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