Com a instabilidade recente na rede social X (antigo Twitter), que permitiu que internautas brasileiros acessassem a plataforma, diversos parlamentares aproveitaram o momento para criticar a suspensão imposta pela Justiça. Conforme noticiado pelo jornal O Globo, um dos principais críticos foi o deputado federal Nikolas Ferreira (PL), que ironizou na quarta-feira: “Voltou o Twitter para os frouxos?”.
Ferreira, que já driblava o bloqueio utilizando VPN — uma conexão privada proibida no país sob pena de multa de cinquenta mil reais — é um dos dezesseis deputados federais e senadores que têm usado a rede para criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele admitiu abertamente o uso de VPN em suas postagens, ignorando as restrições impostas pela Justiça.
Seguindo a mesma linha, o deputado Gustavo Gayer (PL) também ironizou o retorno da plataforma, perguntando: “Será que a democracia relativa aguenta tanta liberdade de expressão com a volta do X?”. Durante o período de bloqueio, Gayer continuou a postar críticas frequentes ao STF e à decisão de Moraes, sugerindo que a plataforma estava “mais ativa” após a suspensão.
Por outro lado, alguns políticos adotaram outras estratégias para acessar o X. O senador Sergio Moro (União Brasil) recorreu a amigos ou assessores fora do país para utilizar a rede social durante o bloqueio. Nesta quinta-feira, Moro comentou o retorno temporário do X, lamentando que a plataforma voltou “por instabilidade no bloqueio, não pelo fim da insensata censura judicial”, conforme informou O Globo.
Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o retorno temporário da plataforma foi uma ação deliberada do X, com a intenção de burlar a ordem de bloqueio imposta pelo STF. A agência afirmou que o bloqueio será restabelecido em breve. O bloqueio original foi determinado por Moraes no final de agosto, após a plataforma descumprir a ordem de nomear um representante legal no Brasil, com multa de cinquenta mil reais para quem usar tecnologias proibidas para acessar o X no país.
Com informações do O Globo