Parlamentares da oposição articulam uma visita ao general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, nesta terça-feira, quinze de abril. Entre os confirmados está o líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, que pretende comparecer ao Comando da 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar, localizada no Rio de Janeiro.

A visita foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na quinta-feira, dia dez de abril. Pela decisão, até vinte e quatro parlamentares poderão visitar Braga Netto, mas com regras rígidas: cada deputado tem direito a um único dia de visita e, por vez, apenas três parlamentares poderão ingressar no local. As visitas estão restritas aos dias de terça-feira, quinta-feira e domingo, sempre entre duas e quatro da tarde.

A resolução veda expressamente a presença de assessores, seguranças e membros da imprensa. Além disso, não será permitido o uso de celulares, câmeras ou qualquer dispositivo eletrônico. Também estão proibidos registros de imagem no interior da unidade militar.

Walter Braga Netto é um dos oito denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado. A denúncia foi acolhida pelo STF no dia vinte e seis de março, tornando-o réu ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros aliados.

A prisão do general foi determinada após solicitação da Polícia Federal, com parecer favorável da PGR. Segundo a PF, Braga Netto teria tentado interferir nas investigações e buscado acesso ao conteúdo da delação premiada firmada pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência e também réu no mesmo inquérito.

Foto: Pedro Kirilos

 


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