Autoridades israelenses informaram que foguetes lançados pelo Hezbollah a partir do Líbano mataram ao menos sete pessoas em um ataque nesta quinta-feira, nas regiões de Metula e Haifa, no norte de Israel. Este novo ataque elevou para 41 o total de mortes civis no norte do país desde o início da guerra em outubro do ano passado. A fronteira entre Israel e Líbano tem sido palco de intensos conflitos diários entre o exército israelense e o Hezbollah, grupo xiita que mantém uma alta frequência de lançamentos de foguetes.

David Azulai, presidente do Conselho Regional de Metula, informou que entre os mortos estão um fazendeiro local e quatro trabalhadores rurais estrangeiros. O serviço de emergência Magen David Adom também confirmou que duas pessoas morreram no kibutz Afek, próximo a Haifa, que foi atingido por foguetes horas após o ataque em Metula.

Apesar das ações ofensivas de Israel nas guerras em Gaza e Líbano, o norte do país se tornou uma área sob frequentes ataques. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que a necessidade de evacuar milhares de cidadãos é uma das razões para ampliar a guerra contra o território libanês. Logo após o ataque, sirenes de alerta foram acionadas em várias cidades perto da fronteira e na região de Haifa, alertando a população sobre novos disparos em direção às Colinas de Golã e Alta Galileia.

A intensidade dos ataques é mais letal para o Líbano, segundo o Ministério da Saúde libanês, que relatou seis paramédicos mortos desde o início do conflito, elevando para 178 o total de socorristas mortos no país. Em resposta, o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, acusou Israel de “crimes de guerra” contra civis e pediu que a comunidade internacional pressione Israel a interromper a ofensiva.

Enviados diplomáticos americanos chegaram a Israel para discutir uma possível trégua em Gaza e no Líbano. No entanto, Ghazi Hamad, do Hamas, afirmou que o grupo rejeita propostas de cessar-fogo temporário, insistindo em uma retirada completa. Em contrapartida, no Líbano, o primeiro-ministro Mikati e o chefe do Hezbollah, Naim Qassem, demonstraram otimismo com uma trégua. Especula-se que as condições para um cessar-fogo possam incluir a retirada do Hezbollah a 30 km da fronteira e a limitação do controle do sul do Líbano ao Exército libanês e à missão da ONU.

Netanyahu, em declaração, reforçou ao enviado dos Estados Unidos que qualquer trégua entre Israel e Líbano exigiria garantias de aplicação prática, e não apenas acordos formais. No entanto, enquanto as negociações não avançam, as operações militares continuam. O Exército israelense informou que realizou bombardeios em posições do Hezbollah na Síria, destruindo 150 alvos nas últimas 24 horas.

 


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