Por Ana Luiza Albuquerque

Um forte temporal atingiu Petrópolis, cidade da região serrana do Rio de Janeiro, na tarde de terça-feira (15), causando a morte de ao menos duas pessoas, inundações, enxurradas e deslizamentos. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disse em uma rede social que o número de mortes chegaria a seis.

Até as 22h, a Defesa Civil municipal contabilizava a morte de uma mulher e de um homem, cujas identidades não foram divulgadas. Ambos os corpos foram encontrados após a redução do nível da água nas ruas Buarque de Macedo e Souza Franco.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram carros sendo arrastados pela correnteza e grandes deslizamentos.

A prefeitura decretou estado de calamidade pública. Até a noite, haviam sido registradas 95 ocorrências, sendo 80 deslizamentos. A maior parte ocorreu nas localidades do Quitandinha, Alto da Serra, Castelânea, Centro, Coronel Veiga, Duarte da Silveira, Floresta, Caxambu e Chácara Flora.

De acordo com o órgão, durante a tarde houve um registro de acumulado pluviométrico de 260 milímetros, um valor acima da média esperada para todo o mês, que seria de 238,2 mm.

As aulas da rede municipal de ensino foram suspensas na quarta-feira (15).

Segundo a prefeitura, o núcleo de chuva que atuou no município nas últimas horas se afastou da cidade, mas permanece a previsão de chuva de intensidade fraca a moderada.

O governador Cláudio Castro (PL) cancelou sua agenda e está a caminho do município para acompanhar os trabalhos do Corpo de Bombeiros e de outros órgãos estaduais.

Até as 20 horas, 120 bombeiros do quartel da cidade estavam nas ruas e 60 militares seguiam em deslocamento para Petrópolis.

O governo informou que oito ambulâncias estão sendo enviadas para a cidade para atuar no socorro às vítimas. Dez aeronaves foram disponibilizadas para chegar à cidade na manhã desta quarta-feira (16).

O 26º BPM (Petrópolis) atua em apoio na operação na cidade em auxílio a órgãos municipais.
Às 22h, haverá uma reunião no quartel de Petrópolis com órgãos do governo do estado para discutir a ajuda e intensificar as ações de salvamento.

O prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), afirmou que pôs toda a estrutura do município à disposição do prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo, para auxiliar nas operações.

Nas redes sociais, Bomtempo disse que tinha acabado de chegar a Brasília quando ficou sabendo das chuvas e que por volta das 22h já estaria de volta a Petrópolis.

Ele afirmou que ligou para empresas e empreiteiros pedindo máquinas, caminhões e pessoal para auxiliar na recuperação da cidade.

“Quero dizer para o nosso povo aguentar firme, que se Deus quiser essa chuva vai passar, a gente vai conseguir dar uma resposta”, disse.

Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho lamentou nas redes sociais seis vidas perdidas na tragédia. A prefeitura de Petrópolis não confirmou essas mortes.

Fonte: Folhapress


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