Em 2024, os incêndios e queimadas em Minas Gerais deixaram mais de 700 mil pessoas sem luz, segundo levantamento da Companhia Energética do estado (Cemig). Entre janeiro e agosto, ocorreram 476 incidentes causados por incêndios, afetando diretamente 702 mil pessoas. Esses números indicam que este pode ser o pior ano em termos de ocorrências, com um aumento significativo em relação a 2023, quando foram registradas 191 interrupções que impactaram mais de 85 mil unidades consumidoras.

A Cemig destacou que as queimadas ocorrem frequentemente em áreas de difícil acesso, dificultando a chegada das equipes de manutenção para realizar os reparos necessários. A empresa alerta que, em caso de incêndios, é fundamental acionar a Cemig (116) e o Corpo de Bombeiros (193) o mais rápido possível. Para denunciar queimadas ilegais, o telefone 181 está disponível para denúncias anônimas.

Entre as cidades mais afetadas de janeiro a agosto, Lagoa Santa lidera com 7.337 consumidores afetados em seis ocorrências, seguida por Baldim com 6.133 consumidores e Belo Horizonte com 6.108. As demais cidades impactadas foram Jaboticatubas, com 5.537 consumidores, e Esmeraldas, com 5.301.

Além dos problemas gerados pelos incêndios, Belo Horizonte enfrenta uma seca histórica e lidera o ranking das capitais brasileiras com o maior número de dias sem chuva em 2024, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Caso não chova nesta quarta-feira (17), a capital mineira completará 152 dias sem precipitações. Outras capitais que enfrentam longos períodos de estiagem são Brasília, com 148 dias sem chuva; Goiânia, com 146 dias; Cuiabá, com 123 dias; e Palmas, com 121 dias de seca.

Foto: Jornal Nacional/Reprodução

 


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