O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pretende se reunir novamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre hoje e amanhã, 3 de setembro, para discutir a sucessão no comando da Casa. Na semana passada, os dois já haviam conversado sobre o assunto no Palácio da Alvorada, mas Lira ainda realiza as últimas negociações antes de anunciar seu apoio a um candidato.

Embora a expectativa fosse de que Lira indicasse seu candidato em agosto, as negociações nos bastidores não resultaram em um consenso. Lira tem enfrentado dificuldades para articular uma candidatura única que possa unir os diversos grupos dentro da Câmara. Entre os principais nomes na disputa estão Elmar Nascimento (União Brasil), Antonio Brito (PSD-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP).

José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, afirmou recentemente que Lula não vetará nenhum dos candidatos, mas busca um entendimento que preserve a parceria entre a Casa e o Executivo. Lira, por sua vez, tem se inclinado a apoiar Elmar Nascimento, embora ainda tenha dúvidas sobre sua viabilidade.

Durante um evento em São Paulo no último sábado, Lira destacou a dificuldade de escolher entre amigos e aliados próximos, já que os três candidatos principais são parte do grupo que o elegeu e reelegeu para a presidência da Câmara. Ele também se reuniu com Marcos Pereira no fim de semana, sugerindo que apoiaria sua candidatura caso Pereira consiga atrair o apoio do PSD e do MDB. Caso contrário, Elmar Nascimento poderá ser o escolhido.

No Palácio do Planalto, Marcos Pereira é visto como um nome forte, capaz de construir um consenso entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Elmar, por outro lado, enfrenta resistência entre petistas devido a atritos anteriores com o PT na Bahia e declarações polêmicas sobre Lula.

Lira busca evitar uma eleição decidida no voto, onde corre o risco de ver seu candidato derrotado, situação que o deixaria politicamente vulnerável. O descontentamento de Lula com Elmar e a pressão sobre Lira para manter sua influência política tornam a escolha do candidato à sucessão na Câmara um desafio delicado para o presidente da Casa.

 


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