Em meio a sinais de aproximação entre o PSD e o PT, o ex-presidente Lula se reuniu com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, no Instituto Lula, em São Paulo. Kalil é pré-candidato ao governo de Minas Gerais.

Em segundo lugar nas pesquisas eleitorais no estado, Kalil encontra problemas. Tem apenas metade das intenções de voto do candidato à reeleição, Romeu Zema (Novo), popular no interior do estado. Aproximar-se de Lula, apostam interlocutores, é o caminho mais viável para torná-lo mais conhecido nos municípios mineiros.

Depois de manter por alguns meses distanciamento do PT, Kalil começou a dar sinais de aproximação com o partido do candidato petista à Presidência e chegou a declarar que “pode precisar mais de Lula” do que Lula dele, quando questionado sobre dar um palanque ao PT em Minas.

A conversa entre Lula e Kalil ocorreu no dia 24, dois dias depois de PSD e PT terem chegado a um novo acordo na Bahia, que culminou na retirada da candidatura do senador Jaques Wagner ao governo local. Agora, cabe ao PT decidir a nova estratégia, que pode ser a de apoio a Otto Alencar, do PSD, com Rui Costa, atual governador, ao Senado pelo PT. O movimento seria um aceno do PT ao PSD.

O líder do PT na Câmara Reginaldo Lopes também defendeu que Kalil seja o nome do PT em Minas, incluindo ele mesmo como candidato ao Senado. Porém, Alexandre Silveira (PSD), que acaba de assumir uma vaga no congresso no lugar de Antonio Anastasia, que foi para o Tribunal de Contas da União, também é candidato ao posto.

Uma liderança petista afirmou que há possibilidade do PT abrir mão da chapa ao Senado, caso seja impedimento para formar a aliança PT/PSD. “A prioridade é termos palanque forte em Minas, essencial para um bom desempenho nacional”, afirmou.

Noutra ponta do PSD, a pré-candidatura de Rodrigo Pacheco sair de cena, dando lugar a especulações sobre a vinda de Eduardo Leite para disputar a Presidência. Lideranças do PSD em Minas não veem problema em um palanque duplo no estado.