Durante a abertura do fórum “Um Projeto de Brasil”, parte da série Diálogos Capitais, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da integração sul-americana como um passo essencial para o fortalecimento do Brasil no cenário internacional. O evento, que celebra os 30 anos da revista Carta Capital, aborda temas como a integração nacional e internacional, além dos caminhos para uma transição energética justa e inclusiva.

Lula ressaltou que a integração com a América do Sul é fundamental para aumentar o bem-estar e a prosperidade da região, especialmente em áreas tradicionalmente esquecidas e marginalizadas. Ele destacou que uma infraestrutura comum, incluindo interconexões rodoviárias, ferroviárias, aéreas, fluviais e marítimas, é a chave para fortalecer o comércio e os investimentos no continente.

O presidente também mencionou a implementação de cinco rotas de integração, que têm como objetivo fortalecer o comércio do Brasil com países vizinhos como Argentina, Paraguai, Bolívia, Chile, Peru, Equador, Venezuela, Guiana e Suriname. Essas rotas, segundo Lula, reduzirão o tempo e o custo do transporte de mercadorias, conectando o Brasil às regiões mais dinâmicas do mundo.

Além da integração regional, Lula destacou a necessidade de uma transição energética que amplie os investimentos em energias limpas. Ele mencionou que 90% da energia elétrica consumida no Brasil já provém de fontes renováveis e que a nova política industrial do país visa aumentar a complementaridade com os países vizinhos, fortalecendo as cadeias produtivas regionais.

Lula também abordou a gestão do Brasil na presidência do G20, ressaltando que a administração está comprometida em reduzir desigualdades e em promover a taxação dos super-ricos e a reforma da governança global. Ele enfatizou que a integração regional não só beneficia os países envolvidos, mas também tem um impacto direto na vida das pessoas, sendo essencial para a estabilidade política e o desenvolvimento econômico.

O presidente concluiu afirmando que, para alcançar esses objetivos, é necessário que os países da América do Sul assumam a responsabilidade de definir o futuro da região, destacando a importância do diálogo e da negociação como pilares para a construção de uma América do Sul mais unida e próspera.


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