Por Geraldo Elísio (Repórter)
De 14 a 28 de outubro de 1962, o mundo viveu a iminência de uma guerra nuclear. O episódio passou à História como a Crise dos Mísseis, envolvendo a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), os Estados Unidos da América do Norte e Cuba. Navios de guerra norte-americanos estabeleceram um cerco à ilha e navios de guerra russos retrocederam para Moscou.
À frente da temida Guerra do Fim do Mundo se encontrava o presidente John Kennedy, em Washington, o premiê soviético Nikita Khrushchev, em Moscou, e Fidel Castro em Havana. A Crise dos Mísseis teve início quando aviões americanos, modelo U-2, em sobrevoo de espionagem sobre Cuba, identificaram – 14 de outubro de 1962 – bases para balísticos nucleares sendo construídas.
E preste bem atenção, em 62 Beijing, capital da China, nem pensava em entrar neste tipo de jogo.
Kennedy deu um ultimato a Moscou e a guerra nuclear foi evitada com o retorno dos navios russos. Assim é de se estranhar a histérica posição do presidente Joe Biden que cerca o território russo com balísticos mais letais ainda e acusa Vladimir Putin de estar preparando uma guerra. Até onde leio, os russos movimentam tropas dentro do seu próprio território.
Das diversas hipóteses levantadas certamente algumas têm plena razão de serem comentadas. A arrogância norte-americana em querer ser o xerife do mundo; ele foi um péssimo aluno de história; se assim não foi, pensa que o resto do mundo agiu assim; e por último devemos saber que a parte que lhe dá apoio combinou isto com Beijing.
Claro que eu não acredito em nenhuma das tais hipóteses, vendo o episódio como uma perigosa tentativa de superar divergências internas dos Estados Unidos diante de uma paulatina perda da hegemonia mundial. Face Moscou ter mantido o seu crescimento e a China estar a caminho veloz de ser a nação mais poderosa do mundo, com a agravante de se aliar a Moscou. Pois sabe muito bem se Washington triunfar os chineses serão a próxima bola da vez.
Creio não ser apenas eu a estar preocupado com tal cenário apocalíptico. Já começam aparecer em sites da Internet especialistas em questões militares onde fica provado, o desenvolvimento dos sistemas defensivos das várias nações interessadas na questão permite a todas, ainda que destruídas na integra, igualmente abater por completo o seu destruidor.
Algo assim como a dizer você me destruiu mais ainda posso destruir você também. Talvez adicionando ao final da frase “Nos encontraremos para o que será decidido quanto a nós dois em um ponto qualquer do inferno”. E de nada valerão os grandes arsenais, bastando para isto ocorrer uma única bomba, a primeira que for disparada.
A todas as pessoas citadas nesta matéria automaticamente é garantido o direito da resposta no espaço tamanho e corpo.
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