De janeiro a agosto de 2024, mais de 16 mil consumidores migraram para o mercado livre de energia, o que representa o dobro do número registrado em todo o ano de 2023, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Dentre as empresas que passaram a operar nesse ambiente de contratação, 72,6% são pequenos e médios negócios.
Em agosto deste ano, o volume de migrações foi de 2.533, três vezes maior que o registrado no mesmo mês de 2023. Padarias, supermercados, farmácias e escritórios foram algumas das empresas que aderiram ao modelo de contrato varejista, permitindo-lhes comprar energia diretamente de uma comercializadora. Nesse modelo, as empresas têm a possibilidade de escolher a fonte de geração de energia, além de negociar preços e prazos, obtendo maior flexibilidade.
São Paulo lidera as migrações em 2024, com 5.281 novos contratos, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 1.655, e o Rio de Janeiro, com 1.418. Os setores de comércio e serviços foram os principais responsáveis pelo aumento das migrações, representando quase 50% do total, com destaque para os segmentos de manufatura e indústria alimentícia.
No setor de serviços, os condomínios prediais (479 migrações) e hotéis (450) se destacam. Já no comércio, os supermercados lideram, com 1.248 migrações, seguidos pelos postos de combustíveis, com 619.
Ainda em setembro, a CCEE iniciará a fase de testes de um novo modelo de troca de informações entre distribuidoras, comercializadoras e a própria organização. Esse sistema pretende modernizar o setor e preparar o mercado para a abertura total do ambiente livre, quando for permitido pela regulação.