O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, reafirmou nesta terça-feira (6) a “lealdade absoluta” do Exército ao presidente Nicolás Maduro, em meio à contestação dos resultados das eleições presidenciais do país.

Os comentários foram feitos após o candidato da oposição Edmundo González e a líder oposicionista María Corina Machado pedirem aos membros das Forças Armadas que “ficassem ao lado do povo”, em uma carta publicada na segunda-feira (5).

“Ratificamos nossa absoluta lealdade ao cidadão Nicolás Maduro Moros”, disse Padrino, durante uma transmissão pela emissora de televisão estatal.

Esses “apelos fátuos e irracionais buscam quebrar nossa unidade e institucionalidade, mas nunca conseguirão fazer isso”, acrescentou Padrino.

A oposição afirma que González obteve mais de 6 milhões de votos, em comparação aos 2,7 milhões de Maduro.

O governo diz que também tem cópias das atas, mas ainda não as publicou.

A autoridade eleitoral do país, cujo site está fora do ar desde a madrugada de segunda-feira, 29 de julho, entregou na segunda-feira (5) as atas eleitorais para o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, que abriu um processo para investigar os resultados das eleições presidenciais.

Após González e Machado publicarem a carta, o procurador-geral Tarek Saab anunciou uma investigação criminal contra ambos por incitarem membros das Forças Armadas e da polícia a violarem a lei.

“O medo não vai nos paralisar, vamos superá-lo como temos feito até agora e não deixaremos as ruas”, disse Machado em uma mensagem de áudio publicada no X nesta terça-feira (6).


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