A Nu Holdings, que controla o Nubank (NUBR33), informou na noite desta segunda-feira (16) que registrou um lucro líquido ajustado de US$ 10,1 milhões no primeiro trimestre de 2022, revertendo prejuízo de US$ 13,1 milhões reportados no mesmo intervalo do ano passado. Os números levam em conta medidas neutras de efeitos cambiais (FXN, na sigla em inglês).

Já o prejuízo líquido somou US$ 45,1 milhões, um recuo em relação ao resultado negativo de US$ 54,4 milhões nos três primeiros meses de 2021. A companhia atribuiu o melhor resultado como consequência do menor aumento das despesas comparado ao crescimento da receita, alavancado pelo crescimento das operações e da base de clientes do Nu em todos os países.

A receita líquida da companhia ficou em US$ 877,2 milhões, montante 258% maior ante os US$ 245 milhões reportados ante o mesmo intervalo de 2021.

Em relatório de resultados, a fintech informou que o número de clientes subiu 60,6% de janeiro a março, ante o mesmo intervalo de 2021, para 59,6 milhões. Entre os clientes no Brasil, a fatia aumentou 55%, para 57,3 milhões, representando 33% da população adulta do país.

No México, a base de clientes aumentou 950% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, atingindo 2,1 milhões.

David Vélez, fundador e CEO do banco, disse em comunicado oficial que o trimestre foi o mais forte na história do Nubank.

“Esse resultado é fruto do nosso avançado modelo de risco e de nosso portfólio de crédito disciplinado e resiliente, especialmente considerando as condições macroeconômicas atuais. Apesar da recente volatilidade do mercado no curto prazo e da proximidade do fim do nosso período de lock-up, continuamos com total confiança e comprometimento com a criação de valor de longo prazo, como foi reiterado por nossos principais acionistas”, declarou por nota.

A inadimplência com mais de 90 dias do banco subiu para 4,2%, contra 3,5% no trimestre anterior e de 2,7% no mesmo intervalo do ano passado.

A provisão aumentou 35%, atingindo US$ 921 milhões no primeiro trimestre de 2021, “principalmente devido ao crescimento de 80% da carteira de crédito ao consumidor”, pontuou o Nubank. Os outros 20%, de acordo com a empresa, são resultados da combinação de normalização de risco e, principalmente, sazonalidade.