O novo aumento consecutivo da taxa Selic, anunciado há pouco pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, reforça o sentimento de preocupação do setor de comércio e serviços da capital mineira. Para a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), a aceleração do ritmo de aperto pode ser prejudicial às atividades econômicas no início do próximo ano.

“Entendemos que essa nova alta é reflexo não apenas de questões internas, mas também do cenário internacional, especialmente o câmbio do dólar e o cenário político dos Estados Unidos. Contudo, o controle interno da inflação precisa ser urgentemente repensado. Caso contrário, o setor de comércio e serviços pode ser impactado logo no início do ano, onde, geralmente, as vendas já são mais retraídas”, avalia o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

Ainda de acordo com o dirigente, a expectativa é que setor de comércio e serviços da capital mineira encerre 2024 com um crescimento de 2,78% e, em 2025, o avanço seja de 3,01%. “Se seguirmos nesta sequência de aumentos da taxa de juros, esses índices podem ser prejudicados”, teme.

O presidente da CDL/BH cita ainda que o equilíbrio fiscal deve ser pauta prioritária do governo. “Existe a expectativa que nos próximos dias o governo anuncie o pacote de cortes de gastos, mas ainda estamos cautelosos sobre o que será apresentado. Esperamos que sejam cortes que, de fato, demonstrem o compromisso em equilibrar as finanças públicas, reduzir gastos, aumentar as receitas e criar um ambiente de segurança jurídica e estabilidade. A própria ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, já sinalizou a importância desses cortes e como eles podem nos ajudar a alavancar os investimentos. Esperamos com ansiedade e boa-fé este equilíbrio de gastos”, finaliza Marcelo de Souza e Silva.

 

 


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