Nesta quarta-feira (18), a presidente do Peru, Dina Boluarte, decretou estado de emergência em três das regiões mais afetadas pelos incêndios florestais que estão devastando áreas andinas e amazônicas, resultando em 16 mortes. As regiões de Amazonas, San Martín e Ucayali, localizadas no norte do país, estão sob as novas medidas emergenciais. A decisão atende aos pedidos das autoridades locais por mais recursos para enfrentar as chamas.

Os incêndios florestais são frequentes no Peru entre os meses de agosto e novembro, muitas vezes causados pela queima de pastagens secas para expandir terras agricultáveis. Em alguns casos, esses incêndios são provocados por posseiros, conforme informado pelo Ministério do Meio Ambiente. A prática tem agravado a situação, levando o governo a intensificar as medidas para conter a destruição.

Na última segunda-feira (16), o primeiro-ministro do Peru pediu à população que interrompesse a queima de pastagens, enquanto milhares de hectares estão sendo consumidos pelo fogo. A situação é especialmente crítica em áreas de difícil acesso, onde os incêndios estão destruindo culturas de palma e cacau, essenciais para a economia local.

O governador de Ucayali solicitou o apoio de aeronaves militares para ajudar bombeiros e voluntários no combate às chamas. A geografia acidentada e a vastidão das áreas afetadas dificultam os esforços para conter os incêndios, tornando o controle mais desafiador.

O cenário no Peru faz parte de um fenômeno maior que afeta toda a América do Sul. Dados de satélite da agência espacial brasileira indicaram um recorde de 346.112 focos de incêndio em toda a região no início deste mês, superando o recorde de 345.322 registrado em 2007. A série histórica começou em 1998.

A crise dos incêndios florestais no Peru destaca a necessidade urgente de ações coordenadas e apoio de recursos nacionais e internacionais para minimizar os danos e evitar novas catástrofes ambientais na região.


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