A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) esclareceu que todas as exigências documentais relacionadas à segurança de barragens sob sua administração estão em conformidade com a legislação vigente, incluindo a barragem da Lagoa do Nado. Conforme estabelecido pela legislação de segurança de barragens, a PBH dispõe de Planos de Segurança, Planos de Ação de Emergência e realiza inspeções regulares e monitoramento periódico de suas estruturas, todos devidamente apresentados ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), órgão responsável pela fiscalização em Minas Gerais.
As inspeções rotineiras de segurança de barragens, que acontecem mensalmente e são conduzidas por uma consultoria externa especializada, foram realizadas pela última vez em outubro de 2024. Durante essas vistorias, constatou-se que nenhuma das barragens sob responsabilidade da PBH apresentava fatores de risco ou situações de emergência que pudessem comprometer a estabilidade das estruturas. A PBH afirmou que o monitoramento é contínuo e que todas as medidas e procedimentos necessários para a segurança das barragens estão sendo seguidos rigorosamente.
Após o rompimento da barragem da Lagoa do Nado ocorrido na quinta-feira (13), a PBH tomou providências imediatas para garantir a segurança e o restabelecimento do local. Foi iniciado o processo de contratação de uma inspeção especial, conduzida por um consultor externo especializado, que produzirá um relatório detalhado para investigar as causas do rompimento e propor ações corretivas para restaurar o lago. Esse relatório será a base para os estudos e projetos de reconstrução da barragem, a serem realizados por meio de processo licitatório. No entanto, ainda não há previsão para o início das obras de reconstrução, embora a PBH tenha se comprometido a agilizar os trâmites.
Paralelamente, equipes da prefeitura já estão trabalhando na área afetada pelo rompimento, realizando limpeza e requalificação da região para evitar o bloqueio das redes de drenagem. A Fundação Municipal de Parques, a Guarda Municipal, o Ibama e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente também atuam no local, resgatando animais e avaliando o impacto ambiental, especialmente sobre a fauna do parque, que ocupa uma área de 311 mil metros quadrados. A área alagada da Lagoa do Nado, com 22 mil metros quadrados, é formada pelo represamento de nascentes afluentes do Córrego Vilarinho, e a PBH reafirmou o compromisso com a preservação do espaço e a mitigação dos danos causados.
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