A Igreja Batista da Lagoinha, liderada pela influente família Valadão desde os anos 1970, vive um racha histórico que veio à tona neste mês, conforme noticiado pela jornalista Juliana Sayuri no UOL neste domingo (24/11). Os herdeiros do pastor Márcio Valadão, que transformaram a igreja em uma das mais influentes do país, agora disputam o controle da marca “Lagoinha”.

André Valadão, sucessor do pai e líder da Lagoinha Global, rompeu com as irmãs Ana Paula e Mariana Valadão, também pastoras. A crise atingiu o ápice com uma ação judicial movida por André contra a Lagoinha de Niterói (RJ), comandada por seu cunhado, Felippe Valadão. O líder acusa a unidade fluminense de usar a marca de forma independente da estrutura global.

Durante um culto recente, Ana Paula Valadão fez críticas veladas ao irmão, afirmando que “igreja não é lugar de coach” e que “o que faz eu e você entrarmos no céu não é ‘carteirinha’ da Lagoinha”. O streaming do culto foi interrompido, e Ana Paula foi removida do perfil oficial da igreja no Instagram.

Fundada em Belo Horizonte em 1957, a Lagoinha ganhou projeção nacional na década de 1990, impulsionada pelo sucesso do grupo gospel Diante do Trono, liderado por Ana Paula. André, radicado na Flórida, assumiu a liderança em 2022, mas sua postura ultraconservadora e um estilo descrito como “teologia coach” geraram tensões internas.

Enquanto André enfrenta acusações de homofobia e Felippe é investigado por intolerância religiosa, o racha reflete disputas internas de poder e o direcionamento mercadológico da igreja, uma marca em expansão com mais de 700 unidades em todo o mundo.

Foto: Reprodução/Instagram


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