Em discurso hoje (19) na Câmara dos Deputados, o deputado Rogério Correia (PT-MG) abordou as recentes revelações da Polícia Federal (PF) sobre o plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Segundo Correia, “os golpistas de 8 de janeiro foram expostos em sua essência, incluindo a tentativa de envenenar o presidente Lula”. Ele classificou os atos como “criminosos e inaceitáveis” e criticou os que ainda defendem tais ações.

Correia mencionou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-geral da Presidência no governo Bolsonaro, está no relatório da CPMI sobre os ataques de janeiro. Fernandes fazia parte do grupo KID Pretos, vinculado às Forças Especiais do Exército, que planejava o golpe desde 2021. De acordo com a PF, mensagens apagadas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foram recuperadas com ajuda de tecnologia israelense, revelando os detalhes da trama.

“O general Braga Netto também precisa ser responsabilizado. Na casa dele, segundo a PF, foi planejado o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes. Por que ele ainda não foi preso?”, questionou Correia. Ele destacou que essas ações estavam diretamente ligadas à tentativa de instaurar uma ditadura no país.

O deputado criticou duramente o projeto de anistia para os envolvidos nos atos golpistas, chamando-o de “vergonhoso” e afirmando que ele deve ser arquivado. Correia anunciou ainda um projeto de lei que prevê inelegibilidade de 21 anos para aqueles que atentem contra a democracia ou a vida de líderes políticos. “É o mínimo que podemos fazer para garantir que esses golpistas enfrentem a Justiça”, concluiu.

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados


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