A pré-candidata do MDB à Presidência da República Simone Tebet disparou contra a polarização de votos apontada por pesquisas entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disputarão o retorno ao Palácio do Planalto nas eleições de outubro deste ano. Para isso, ela citou denúncias de corrupção nos governos dos adversários.

“Triste o Brasil que tem que escolher entre o esquema do Petrolão e o esquema de corrupção na educação”, declarou, citando o escândalo de corrupção na Petrobras no governo petista e a recente denúncia da atuação de pastores lobistas e cobrança de propina a prefeitos no Ministério da Educação na gestão de Milton Ribeiro.

Tebet se apresentou como melhor opção aos eleitores ao citar o aumento da segurança alimentar e da fome e destacar que indicadores sociais de hoje remontam aos idos dos anos 90. “Política não é lugar de grosseria. O Brasil precisa crescer, precisa de paz, precisa acabar com a polarização para ter estabilidade”, acrescentou.

Sem resultados expressivos nas pesquisas prévias, ela frisou que a campanha eleitoral sequer começou e que está na fase de organizar o projeto que irá apresentar e de ampliar frentes de apoio. “Jogo é jogo, treino é treino, estamos nessa fase”, disse.

“Não vamos esquecer que essa campanha hoje está polarizada. Eu sou a menos conhecida, mas em compensação sou a que tem menos rejeição. Eu posso andar no meio do povo e conversar com as pessoas de cabeça erguida, não tenho nada que me desabone”, afirmou.

Ela acredita que irá decolar e expandir o resultado nas pesquisas prévias eleitorais quando o eleitor entender que precisa debater os problemas do Brasil, “e não Lula ou Bolsonaro”. “Há um caminho saudável, equilibrado, ético e com coragem capaz de resolver os grandes problemas do Brasil. Eu tenho certeza que nós vamos decolar nas pesquisas”, garantiu.

Disposta a conquistar o apoio do PDT para a campanha eleitoral – o MDB já consolidou aliança com o PSDB e o Cidadania – Tebet lembra que tem bom relacionamento pelo pré-candidato pedetista à Presidência Ciro Gomes. Mas, de acordo com ela, há pontos divergentes que podem travar uma possível costura eleitoral entre os dois.

“Eu tenho um bom relacionamento com o Ciro, tenho admiração pelo trabalho dele, mas nós temos um problema que é a visão que temos de economia, de como tirar o Brasil da crise. Eu sou mais liberal, não acho que é momento de rever as reformas, e sim de aprimorá-las. Mas nós somos democratas, pensamos no Brasil e sabemos que o Brasil precisa de um novo rumo, que não pode voltar ao passado e nem permanecer no presente. Só isso já abre um diálogo”, acrescentou.