A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), defendeu nesta segunda-feira (28), durante o 7º Fórum Brasil de Investimentos em São Paulo, a importância de cortar gastos com políticas públicas ineficientes para equilibrar as contas do governo. Tebet destacou que um ajuste fiscal robusto é necessário para viabilizar investimentos sociais e promover melhorias na vida da população brasileira.
“Não existe social sem fiscal”, afirmou a ministra. “Os números estão aí mostrando que tudo o que tinha que dar certo, deu. Falta agora coragem para cortar o que é ineficiente. Já eliminamos erros e fraudes em 2023, que surgiram durante a pandemia. Agora, precisamos encerrar políticas públicas insuficientes e ineficazes para garantir investimentos essenciais, inclusive em infraestrutura. Como recentemente apontado por um grande veículo de comunicação, é preciso dobrar os investimentos no país, e, para isso, precisamos de parcerias”, explicou.
Tebet frisou que, além do corte de gastos, é fundamental estimular o setor privado para alavancar o desenvolvimento. “Só o investimento público não é suficiente. Os países emergentes, incluindo o Brasil, estão bem abaixo da média de investimento. Para aumentar isso, precisamos fazer o dever de casa, garantindo segurança jurídica e estabilidade”, afirmou.
Durante o evento, a ministra assinou um memorando de entendimento com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). O acordo tem como objetivo promover e fortalecer o comércio do Brasil com os países sul-americanos, facilitando a circulação de mercadorias e reduzindo o tempo e o custo de transporte entre o Brasil e os países vizinhos, bem como com a Ásia.
“Vamos aproveitar a experiência da Apex para alcançar o que o Brasil realmente precisa. Temos uma janela de oportunidade única, e estamos no lugar certo e no momento certo”, disse Tebet. Ela ressaltou ainda que a integração regional é essencial para combater desigualdades no Brasil: “[Vamos promover] a integração regional da América do Sul para reduzir as desigualdades regionais. Não conseguiremos reduzir a miséria e a desigualdade social sem enfrentar as disparidades regionais do país”, concluiu.
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil