O ex-presidente Michel Temer (MDB), responsável por articular o golpe de Estado de 2016 que derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), pode dar um novo golpe, desta vez dentro de seu próprio partido, relata Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Estimulado por políticos e empresários, Temer pode passar a senadora Simone Tebet (MDB) para trás e se lançar candidato a presidente aos 44 minutos do segundo tempo.

“Nestas conversas, ele mostra que está querendo, que se for chamado pode topar. Mas que não pode ser mais um candidato”, diz um empresário.

A ideia é que Temer fosse lançado como o nome “pacificador do Brasil”, uma alternativa ao ex-presidente Lula (PT), líder em todas as pesquisas eleitorais, e Jair Bolsonaro (PL).

Cresce internamente a pressão para que o presidente do MDB, Baleia Rossi, adie a convenção que lançaria Tebet oficialmente como candidata. O objetivo é jogar a convenção para 5 de agosto para que a articulação em torno de Temer possa avançar. O ex-presidente chegou a conversar com Baleia Rossi sobre o adiamento, mas o dirigente resiste.

Simone Tebet não seria totalmente descartada no caso da candidatura de Temer. Ela passaria a ser candidata a vice-presidente.

Apesar de incentivado pelo empresariado, Temer não conta com o apoio do povo. Em 2018 ele deixou a Presidência da República com somente 7% de aprovação.