O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou seu apoio irrestrito à retomada das operações militares aéreas e terrestres de Israel na Faixa de Gaza. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou nesta quinta-feira (20) que Trump responsabiliza o grupo palestino Hamas pela escalada da violência na região.
“Ele apoia completamente Israel e as Forças de Defesa de Israel (FDI) e as ações tomadas nos últimos dias”, disse Leavitt a repórteres, quando questionada se Trump buscava restaurar um cessar-fogo em Gaza. Ela acrescentou que Trump deixou claro ao Hamas que, caso não libertasse todos os reféns, enfrentaria duras consequências.
O ex-presidente dos EUA atribui a culpa total ao Hamas pelo ataque de 7 de outubro de 2023 contra Israel e reforçou o pedido pela libertação de “todos” os reféns ainda sob poder do grupo.
De acordo com fontes palestinas, 504 pessoas já morreram na mais recente ofensiva israelense, incluindo mais de 190 crianças. A operação militar de Israel foi retomada na terça-feira, com uma série de bombardeios, encerrando a relativa calma que persistia desde o cessar-fogo de 19 de janeiro. Em resposta, o Hamas declarou ter lançado foguetes contra Tel Aviv nesta quinta-feira.
Das 251 pessoas sequestradas pelo Hamas no ataque de 7 de outubro, 58 continuam em cativeiro em Gaza, sendo que 34 já foram declaradas mortas pelo Exército israelense.
A primeira fase da trégua, encerrada em 1º de março, resultou na devolução de 33 reféns a Israel, oito deles mortos, e na libertação de 1.800 prisioneiros palestinos. Desde então, as negociações mediadas por Catar, Estados Unidos e Egito estão paralisadas.
O Hamas insiste na implementação da segunda fase do acordo, que prevê um cessar-fogo permanente, a retirada das forças israelenses de Gaza, a reabertura das passagens fronteiriças para a entrada de ajuda humanitária e a libertação dos reféns restantes.
Foto: Omar Al-Qattaa