O número de ações judiciais contra operadoras de planos de saúde atingiu 298,8 mil em 2024, um aumento de 28% em relação a 2023 e de 73,5% comparado a 2022. O levantamento, realizado pelo Citi com base em dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), aponta um crescimento preocupante na judicialização do setor.

Analistas do Citi, Leandro Bastos e Renan Prata, ressaltam que o aumento das ações vai além do crescimento no número de usuários de planos de saúde. Em 2024, houve 5,9 processos para cada 1.000 beneficiários, contra 4,6 em 2023 e 3,5 em 2022.

O relatório atribui parte desse cenário a mudanças regulatórias recentes, como a ampliação da lista mínima de procedimentos médicos obrigatórios em 2022 e a remoção do teto para terapias de autismo em 2021. Apesar do aumento de processos, o tempo médio para resolução judicial tem diminuído, segundo o estudo.

A Hapvida, maior operadora do setor com 8,8 milhões de usuários, informou que encerrou o terceiro trimestre de 2024 com bloqueios e depósitos judiciais de R$ 869 milhões, mais que o dobro registrado no mesmo período de 2023. Esses números refletem o impacto crescente da judicialização sobre as finanças das operadoras e a necessidade de adaptações no setor.

Foto: Pexels


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