O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) enviou ofício ao atual ministro da Economia, Paulo Guedes, solicitando o adiamento do leilão que envolve a privatização da estatal CBTU Minas e a concessão do metrô de Belo Horizonte, marcado para quinta-feira (22).

No ofício, Alckmin, que também é coordenador da transição de Lula (PT), diz que o leilão terá impacto em toda a sociedade e que os próximos passos do processo serão tocados pelo governo eleito.

Nesse sentido, ele argumenta que a avaliação final sobre o leilão também deve ser feita pela futura gestão, “sob pena de risco da segurança jurídica e do interesse público, com potencial significativo de prejuízo para o serviço público e para os potenciais interessados”.

A solicitação colocou o governo Romeu Zema (Novo) em alerta. O projeto associa a venda da CBTU à concessão dos serviços do metrô de Belo Horizonte. Caso a alienação não aconteça, o processo terá de ser interrompido.

Mais cedo, durante coletiva de imprensa sobre o balanço do seu primeiro mandato, o chefe do Executivo mineiro criticou as medidas adotadas pelo governo de transição e pelo Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG) para travar o leilão.

Me parece que tem gente tentando evitar que aconteça. Está tendo aí uma disputa judicial. Mas, estamos confiantes que nesta quinta-feira, dia 22, lá na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), o leilão seja realizado com êxito”, disse.

Fernando Marcato, secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, diz que Guedes não pode suspender o processo sem anuência do Governo de Minas Gerais, pois isso poderia gerar a responsabilização dele.


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