A Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) divulgou na manhã deste sábado, 28, uma nova atualização sobre o Plano de Racionamento de Água em Lavras, com a prorrogação do corte no abastecimento até pelo menos o dia 4 de outubro. Mais uma vez, a concessionária falha em solucionar o problema, preferindo repassar os custos e as consequências da má gestão para a população, enquanto prioriza a distribuição de dividendos para seus acionistas.

Segundo a empresa, a estiagem prolongada é a principal justificativa para a baixa disponibilidade de água nas fontes de produção. No entanto, ao invés de realizar investimentos robustos em infraestrutura e soluções sustentáveis para garantir o abastecimento à cidade, a Copasa continua a privilegiar seus lucros, distribuindo recursos que poderiam ser aplicados para modernizar o sistema e evitar o caos no fornecimento.

Lavras foi dividida em quatro regiões, com bairros como Água Limpa, Anízio Alves de Abreu, Belizandra e muitos outros enfrentando restrições severas de água diariamente, de 5h às 21h, até o fim do período de racionamento. Em vez de melhorias estruturais que poderiam garantir maior eficiência e segurança no abastecimento, a empresa mantém uma frota de caminhões-pipa para tentar mitigar o problema, uma solução paliativa e ineficiente, enquanto bairros inteiros sofrem com a falta de água por longas horas.

Os moradores de Lavras e de cidades vizinhas, como Ijaci, Itumirim e Perdões, seguem vivendo o drama do racionamento. Em muitos casos, o corte de água afeta atividades essenciais, como o funcionamento de escolas e hospitais, além de impactar diretamente a rotina das famílias. E, mais uma vez, a Copasa alega que o fim do racionamento dependerá da “normalização” das condições das fontes de produção, sem oferecer qualquer garantia de solução definitiva.

É inaceitável que a concessionária priorize o interesse de seus acionistas em detrimento da população que depende de seus serviços. O racionamento contínuo é o reflexo de uma gestão que falha em direcionar os recursos adequados para investimentos de longo prazo, mantendo a cidade refém de uma estrutura insuficiente e ultrapassada.

 


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